quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Tardes glaciais

"A página rasgada do livro traz as palavras que irei usar para acordar meu outro eu"

Quais tardes são mais lembradas, quando o céu recomeça na paisagem de um nobre retrato? Quais motivos são suficientes para acreditar ser diferente? A realidade parece ser igual a todos os momentos em que as cortinas do espetaculo insinuadas entre o desfile em abrir, ou resumida para ficar fechada. O acalanto traz estrelas, bandeiras, músicas, cartas, rascunhos e imposições, mesmo as mais felizes. Quando fácil será fácil e difícil não será difícil? As perguntas espalhadas em todos os lados, espalham-se nas fronteiras mais consistentes das possíveis respostas. Depois de muito caminhar, ainda de certa forma cansado, procurou encontrar um canto onde poderia descansar, preocupado com as andanças seguintes, recusou os sonhos, onde o futuro, seria apenas mais um estágio deste presente combalido, entre tantos opostos. Mesmo contrário aos sonhos, não conseguiu evitar o sono, e ali, começou a desenhar a entrada para o mundo, não o coloquial, mas sim o mágico, onde fatos são sonhos, em substrato real. A apresentação do mundo foi para deixar claro o coração e remontar condições para mostrar sonhos reais e adquiridos ao longo da grande avenida, onde os passos seguem incertos, mas também procuram estarem certos que nada é acaso, quando a vida não é um mero caso de consentimento de um certo estado feliz. As tardes não lembradas ficarem restritas á retratos. E agora volta andar para não perder mais tempo com sentimentos distantes próximos dos outros, que algumas vezes são ele próprio em espelhos e, certos momentos. Ainda vai escrever sobre como é estar assim, querendo estar só, deitado sobre o céu azizentado da cidade.

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