quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O inverno das cartas

" Somos mais que simples acordes de um tom só"

Costuma escrever cartas, mesmo que não tenha dinheiro para o selo, continua á escreve-las, ao certo não consome apenas desejos de transpo-las ao papel seus sentimentos mais dormentes, mas também gosta de escrever e contar histórias de gente ausente, mesmo em momentos em que dormir parece mais correto. Outro dia, perdeu-se no olhar que ultrapassou a janela, um pouco suada, pelo forte frio que habita á cidade e, foi estacionar seus olhinhos mais brilhantes sobre astros, não queria contar estrelas, por mais abusadas e exageradas que elas sejam, mas sim imaginar onde as nuvens dormem em noites de inverno. Ao certo, até onde sei, o relógio já marcava mais de 4:18, e ela ainda marcava forte os passos do seu olhar, que nem esmureciam do cansaço do dia passado e, do próximo que iria logo começar, ou melhor, recomeçar. Após passar á noite acordada, voltou-se á escrever, sobre como é descobrir motivos para sorrir. "Muito quem sabe, ou mesmo quem pouco diz ser feliz." Foi a frase que utilizou primeiramente após percorrer a noite triste da cidade. Já não sei, mas acredito que certos fragmentos, talvez literários, possam contar, mover outros personagens em outras histórias. " Próximo ao acalanto da morada do coração , caminhante da razão em ser perfeito o momento em que fui mais feliz brevemente ao teu lado. Obrigado a ilusão, não é doce, mas saboreia a vida e lambuza o futuro". Ao deparar-me com estes escritos, constato que a noite em vigiou o céu, a fez mudar, talvez certo dia, consigamos nos encontrar, mesmo que em páginas coloridas de algum livro.

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