Não tinha culpa, apenas era vítima de um silêncio proporcionado pelo fracasso. Antes, acendia seu cigarro, pensava em algum quadro - alguns passos estava no meio da quadra. Depois veio a crise, a sensação de impotência frente aos fatos, a solidão abraçada ao travesseiro.
Sentada em frente ao televisor, segura em sua mão esquerda uma xícara de café, enquanto suas pernas esparramadas esbarram no sofá. Dias destes ao olhar o amarelado relógio na parede, se lembrou de assistir o telejornal, não conseguiu. A vontade de pegar o controle remoto esquecido lá na mesinha do abajur ao lado da cama, passou.
2 comentários:
quantos cafés... quantas tv´s...
a solidão é uma faca
que entra e rasga no mais profundo do ser...
gostei bastante...
Gostei bastante do seu texto, meu caro!
Uma narrativa sintética e agradável. Parabéns!
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