Na noite em que matou aquele homem não soube direito o que fazer – lembrando apenas de fechar a porta de zinco da sala. Passado alguns minutos, já estava em frente ao um instituto de beleza, duas quadras acima da sua casa. Em um ônibus com seus vidros embaçados, aquela mulher de pernas desnudas desceu. Espantada com a sua presença naquela hora da noite, bifurcou as sobrancelhas – o que fazes aqui? A meninota a abraçou fortemente.
- Ele.
- O que aconteceu com ele? Mediante ao silêncio, afastou-a.
- Diga o que ocorreu?
- Eu o matei.
- Você matou? – gaguejando, disse: matei meu próprio pai.
- Ele não era seu pai.
O desespero compulsivo prevaleceu em lágrimas para sempre em sua vida.
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