Quando sentou na mesa de imbuia - escreveria mais um pouco, seria a última vez naquela noite de primavera. Aos poucos, seus dedos com as digitais enturgicidas bateram teclas pretas sobre o papel amarelado. Antes de uma nova lauda descobriu: é poeta.
Olhou o teto mofado, se levantou e caminhou até a vidraça - olhando os meninos correndo entre os bancos da praça. Pediu perdão e voltou para a mesa - continuou a dedilhar páginas e páginas de nada.
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