Viu anúncios de propaganda de refrigerante no intervalo da novela. Dançou como estivesse em um filme parisiense anos 40. Fugiu para a estrada, não passou batom, esqueceu a maquiagem sobre a cama na casa da mãe. Olhou no espelho – viu a imagem de uma propaganda de refrigerante – não era ela, com ela, sobre ela.
Desligou a televisão, jogou o vinil no cesto de lixo reciclável, da estrada, passou pelo lado – caminho alternativo para não precisar pagar pedágio. Lábios sem cor, maquiagem sem cor, unhas sem cor, roupas com cor. Filme brasileiro, por favor, take 2, ano 2000, sobrou ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário