segunda-feira, 15 de junho de 2009

(en)Cena

Viu anúncios de propaganda de refrigerante no intervalo da novela. Dançou como estivesse em um filme parisiense anos 40. Fugiu para a estrada, não passou batom, esqueceu a maquiagem sobre a cama na casa da mãe. Olhou no espelho – viu a imagem de uma propaganda de refrigerante – não era ela, com ela, sobre ela.
Desligou a televisão, jogou o vinil no cesto de lixo reciclável, da estrada, passou pelo lado – caminho alternativo para não precisar pagar pedágio. Lábios sem cor, maquiagem sem cor, unhas sem cor, roupas com cor. Filme brasileiro, por favor, take 2, ano 2000, sobrou ela.

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