terça-feira, 28 de julho de 2009
Prazer
Não gostaria de dizer, mas já que estamos tanto tempo juntos, confesso: tê-la junto ao meu peito descoberto é uma violência contra o tempo que passa sobre nós neste momento. Não precisa falar nada o prazer nos perdoa.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Família
O pai sempre que chegava em casa jogava o jornal sobre o sofá. Certo dia ao acordar, antes do seu pai, viu que lá estava estampado. Sentou-se. Pegou o primeiro caderno, lia lento e perplexo. As mãos trêmulas transpiravam borrando as letras do texto. Aquela história não poderia contar.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
A palavra
O amor foi sentido entre os braços, com abraços molhados. Sentindo uma nervosa e intragável
dor estomacal, resolveu se retirar do quarto. Olhando para o relógio, percebeu quantas horas estava ilhado sobre aqueles lençóis. Com um sopro de lembrança - voltou a olhar as janelas do passado.
Ao jeito de tudo que acontece sem explicação, não quis mais retornar ao passado, de certa forma, insistente em querer dialogar.
Voltou para a cama, ela dormia anestesiada, não poderia perceber, ele folheava um dicionário.
Ao jeito de tudo que acontece sem explicação, não quis mais retornar ao passado, de certa forma, insistente em querer dialogar.
Voltou para a cama, ela dormia anestesiada, não poderia perceber, ele folheava um dicionário.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Página 6
Quantas vezes chorou encostada na parede do banheiro? - Setenciada pelo inconformismo de não saber qual atitude tomar após embaraçosos acontecimentos.
- Sabia que ela nunca mais quis sair sozinha?
- Como assim?
A conversa das duas foi interrompida abruptamente pela quantidade de envelopes deixados abaixo da porta.
- Não vai pegar?
- Não.
- Deixa que eu pego!
- Já disse, não quero. - Isso é passado.
Agora o presente conjuga o passado, mas ela continua a chorar encostada em outros lugares, até mesmo em bibliotecas, padecendo sobre romances juvenis.
Ainda não descobriu se prefere narrativa em primeira ou terceira pessoa, resta os outros para contar.
- Sabia que ela nunca mais quis sair sozinha?
- Como assim?
A conversa das duas foi interrompida abruptamente pela quantidade de envelopes deixados abaixo da porta.
- Não vai pegar?
- Não.
- Deixa que eu pego!
- Já disse, não quero. - Isso é passado.
Agora o presente conjuga o passado, mas ela continua a chorar encostada em outros lugares, até mesmo em bibliotecas, padecendo sobre romances juvenis.
Ainda não descobriu se prefere narrativa em primeira ou terceira pessoa, resta os outros para contar.
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